Quase 4000 casos hoje. 24 mortes em 24 horas. Não está fácil. 

O peso dos constrangimentos é cada vez maior e começamos todos a ficar esgotados. Uns por isto, outros por aquilo. Há quem tenha perdido pessoas e quem morra de medo de as vir a perder. Há quem ache tudo normal e que há um claro exagero mediático e sanitário. Esses ignoro, embora perceba que o possam fazer por terem negócios em risco, necessidade de "calhandrar" ou porque têm um distúrbio de personalidade como li no "The Independent". 

O que não pode acontecer é insegurança na definição de medidas e muito menos na sua aplicação. Não é possível estar bem com Zeus e com o diabo que é como quem diz, com a economia e com a Saúde. Pela minha escolha de maiúsculas/minúsculas está claro qual o meu lado. 

O país não aguenta outro confinamento. Compreendido. Mas o SNS aguenta o aumento de casos? A economia está a rebentar. Imagino que sim, mas um país sem assistência aos doentes, todos os doentes, não só os COVID, é o quê?

Proibir a circulação entre concelhos no fim de semana do dia de finados, mas depois encontrar mil excepções e confiar no bom senso dos portugueses para acatarem a recomendação? Deve dar um resultado jeitoso. Mais valia não terem falado sequer nisso. Digo eu que também já estou esgotada, farta, com medo que o SNS não aguente e privada de exercer uma das atividades que mais equilíbrio trazia à minha vida: ir à bola! Sim. 

Chegar duas horas antes, falar sobre cenas, beber umas minis, entrar no estádio depois do jogo começar e aproveitar cada momento para cantar, gritar, bater palmas, em pé e depois sair com a alma lavada e feliz da vida, caso o Sporting tivesse ganho. 

Não percebo porque é que num estádio com 50 000 lugares (há os até com mais) não podem estar, pelo menos, 1 000 pessoas. Ao ar livre, com máscara e imenso espaço para distanciamento social. 

Não percebo porque é que num pavilhão com 3 000 lugares não podem estar 300 pessoas.

Não percebo esta falta de flexibilidade em relação a alguns desportos. Porque depois ir para o autódromo sem distanciamento social, já se pode. Claro que sabemos bem porquê. Há hotéis e restaurantes em muitos maus lençóis, no Algarve e estas provas sempre animam o negócio. 

Perdoem-me o desabafo, mas hoje é #diadesporting. Seria dia de ir à bola e libertar todas os stresses acumulados. Não havendo, substituí. Assim. 

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