da dor
Uma pessoa com quem não troquei mais de duas ou três palavras na vida, sentou-se hoje na minha mesa de almoço e falou-me sobre a morte da sua mulher, há três semanas. Contou-me dos problemas burocráticos, das últimas vontades, de como tinham comprado a mobília de quarto quando casaram e eu encolhi-me toda para não chorar e conseguir corresponder à forma aparentemente "normal" como a história estava a ser contada.
Aparentemente sinto que é palavra certa. O que eu vi foi um homem perdido, sozinho, tolhido pela dor, a tentar lidar com a situação, mas a levar à letra o velho ditado de "Um homem não chora". Nem demonstra que sofre - acrescentaria eu.
Eu fui um "homem" e aguentei firme. Nem parece meu que tenho as lágrimas atrás das orelhas como diz a senhora minha mãe. Ofereci a ajuda possível e voltei para o trabalho.
Não consegui ainda parar de pensar no assunto.
Aparentemente sinto que é palavra certa. O que eu vi foi um homem perdido, sozinho, tolhido pela dor, a tentar lidar com a situação, mas a levar à letra o velho ditado de "Um homem não chora". Nem demonstra que sofre - acrescentaria eu.
Eu fui um "homem" e aguentei firme. Nem parece meu que tenho as lágrimas atrás das orelhas como diz a senhora minha mãe. Ofereci a ajuda possível e voltei para o trabalho.
Não consegui ainda parar de pensar no assunto.
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