Mãos

Quando me prenderam as mãos, sufoquei.

Pode não ter sido tão drástico, mas foi trágico. Para mim.

Nunca tinha feito uma ressonância magnética e a descontração foi claramente desproporcional ao tamanho do desafio. Houve um crescendo de drama que terminou quando apertei a bola que me libertou. Vários questionários, pessoas que fizeram perguntas repetidas, uma preparação bem humorada, nada que fizesse prever o final abrupto e prematuro.

Mas aconteceu. Quando me condicionaram o espaço das mãos a respiração descontrolou-se apesar do esforço racional, o batimento cardíaco disparou e não fui capaz de seguir com o exame.

Uma lição a reter: não se consegue controlar tudo; nem tudo é racional; mas é um desafio a superar.

Exame reagendado para nova data.

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